sábado, setembro 22, 2007

DIFERENÇA DE CLASSES

Vi e ouvi num programa jornalístico a entrevista concedida pelo presidente do IBGE e um economista pesquisador da FGV.
O destaque ficou por conta dos milhões de brasileiros que deixaram a faixa de pobreza e miserabilidade e ingressaram no mercado.

Segundo o economista a evolução teria começado há 10 anos não devendo ser dado credito pelo mérito a nenhum governo especificamente.
Mais empregos formais, o Programa Bolsa Família e o acesso ao crédito foram alguns fatores que favoreceram os pobres e miseráveis de ontem.

O economista ainda salientou os “anos de ouro” pelos quais o Brasil transita; o representante do IBGE lembrou que a classe rica da sociedade não teve que ficar mais pobre para que a diferença entre as classes sociais diminuísse e destacou que os miseráveis de ontem ingressaram no mercado consumidor trazendo mais dinheiro.

A diminuição da diferença entre as classes, ainda segundo os entrevistados, é um dado estatístico que vem sendo medido durante os últimos dez anos a partir do mesmo modelo científico de aferição e coleta não sendo, portanto, “mascarado”.

Números como o aumento da quantidade de aparelhos celulares, maior número de postos de trabalho com carteira assinada e o acesso facilitado ao crédito foram exaltados até com certa euforia durante a entrevista.

O crescimento do Brasil, segundo o dado divulgado na entrevista, é exatamente igual ao índice de crescimento da China!

Assim é o Brasil, crescemos como os chineses, afirmaram.
Temos mais pessoas consumindo por todos os cantos todas as coisas.

Só que levamos dez anos para tirar da miserabilidade uma pequena parte de brasileiros que hoje são “novos consumidores” (aos olhos do sistema), e continuamos sem infra-estrutura básica sanitária, sem saúde pública, segurança e educação e gastando mal!

2 comentários:

  1. Como famintos passaram a comer um pouco, embora continuem a viver na mesma carência de moradia decente, saúde, cultura, educação, ingressaram na classe "rica". Como se trata de migalhas, por certo, óbvio, que nada precisou ser retirado da mesa dos mais aquinhoados para que se beneficiassem. Não houve compartilhamento; somente cessão de sobras (he, he!). Abração. Jerônimo.

    ResponderExcluir
  2. Olá, Jerônimo
    Já é uma evolução, mas a maneira como os caras enfocaram o assunto está errado!
    Abraço

    ResponderExcluir