Em pleno “aperfeiçoamento” da escrita grunge surge a unificação da língua portuguesa.
Não vai dar certo!
A escrita grunge
é, na verdade, a evolução natural da escrita fonética que já teve seus anos de
glória e foi cedendo lugar por conta das novas formas de comunicação escrita,
oral e visual.
Visual porque não
é raro vermos imagens pequenas no canto do vídeo mostrando alguém traduzindo a
fala do apresentador através da linguagem dos sinais, fato que atraiu boa
quantidade de novos assistentes.
A comunicação oral - quer expressando-nos para uma platéia,
quer contando uma vantagem na mesa do bar, não é tarefa fácil para muitas
pessoas, mas ainda é a forma mais direta de comunicação e não exige muitos
cuidados porque errar, neste caso, fica por conta do improviso do momento.
Mas, escrever é o problema!
Com a chegada da internet a comunicação adotou nova medida
de velocidade e tempo, ou seja: megabaites
– na ultrapassada escrita fonética, ou
mb – na escrita grunge.
Você é vc; porque
é pq; espera aí é peraí.
Estamos nos habituando à escrita
grunge por causa da necessidade de estabelecermos uma comunicação veloz e
com duas ou três pessoas ao mesmo tempo.
E nos entendemos perfeitamente!
Resumindo: a unificação da língua portuguesa servirá como
incentivo ao pleno desenvolvimento da escrita
grunge, pois ortografia e gramática estão sendo abandonadas pelos
estudantes que escrevem, não em cadernos pautados, mas através de infovias e inforedes.
Bom será para editoras e gráficas...
E os professores de português continuarão ganhando a mesma
merreca.
Pelo menos, o português do Brasil é a matriz.
Té +...
O que falta é o pessoal saber um pouco sobre adequação de uso... Usar o jeito certo de escrever para determinadas modalidades comunicativas.
ResponderExcluirSaber se comunicar rápido via msn, mas, também, ser capaz de escrever um parágrafo sozinho usando escrita formal quando necessário. Não incentivo puramente o uso do formal (embora ache mais bonito), prefiro incentivar isso mesmo. Domínio da língua, autonomia madura do uso dela em diferentes situações.
Abraço!
É isso: o "domínio da língua". Porém, penso que aqui reside o desinteresse dos alunos. Não há vontade de se deter no aprendizado e, por outro lado, existe a falta de "pegada" de alguns professores que, desmoralizados pela baixa remuneração, simplesmente administram o tempo das aulas.
ResponderExcluirUsando o lugar comum: "faz que ensina, faz que aprende".