domingo, fevereiro 17, 2008

CONTRADIÇÕES

O Brasil “é fértil em contradições, povo e território” assim como escreveu Jerônimo Jardim no seu blog http://jeronimojardim.zip.net/.

É tão fértil e contraditório que proibiu a venda de bebidas alcoólicas pelos proprietários de estabelecimentos comercias, querendo punir motoristas irresponsáveis. Pois os proprietários fecharam as portas que se abriam para as rodovias federais e abriram outras que dão acessos pelos fundos ou pelos lados. Os pinguços agradeceram e festejam bebendo à esperteza.
Falta educação para quem vende aos que bebem ao dirigir e para os legisladores, da mesma maneira.

Por que não fazemos de forma exemplar? Se o cara for pego dirigindo embriagado retira-se a carteira de motorista e o “bebum” nunca mais poderá dirigir, além de pagar vultosa multa. Que o cara vá para a cadeia sem possibilidade de fiança.
Falta uma lei rigorosa que puna de uma única vez sem dar chance ao infrator.

As campanhas que circulam na televisão não podem ser de pior qualidade, pois mais destacam artistas globais do que transmitem a verdadeira mensagem cujo objetivo seria educar o povo.
De tão ruins acabam instigando o bebedor contumaz, fazendo com que ele beba uns goles a mais a fim de provar que, mesmo embriagado, ele não é daqueles que fica “grudado na traseira dos outros”; afinal de contas seria a melhor forma de provar para aqueles belos rostos da propaganda que bebida e direção mais um punhado de violência fariam dele “o macho, o garanhão”.

A contradição é tão grande que, enquanto as campanhas circulam, alguns clubes de futebol, escolas de samba, vinhetas de rádio que oferecem bebidas a “um real” a noite toda, seguem sendo patrocinados pelos poderosos fabricantes de cervejas.
Por que o governo - sempre ávido por impostos – não aumenta o preço da bebida alcoólica? Resolveria dois problemas: primeiro diminuiriam as despesas com internações em hospitais e pensões por invalidez ou mortes; no segundo problema - que é do interesse palaciano – sobraria mais dinheiro para pagar as mordomias dos seus funcionários (claro que sem espumantes e uísques importados).

3 comentários:

  1. Estamos em total acordo quanto ao modo de restringir a oenalidade consistente na condução de veículo alcoolizado à pessoa do condutor iresponsável. Deves ter lido o que escrevi sobre o tema dias antes. A pena não pode ultrapassar a pessoa do criminoso. É o que estão a fazer ao punir os comerciantes e prejudicar os que podem beber e os que bebem com moderação. Jerônimo.

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  2. "condução de veículo alcoolizado" ficou boa, né. Se for movido à gasolina ou gás, no problem (he, he!). Êta, língua complicada essa nossa. Não dá pra publicar sem revisão minuciosa. E o Chico fala da húngara...Jerônimo.

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  3. hehehe...
    Eu li sim e aproveitei para "encumpridar" a conversa..
    Abraço

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