Teve que sentar. As pernas pediam
um tempo de descanso. A dor no joelho, cada vez mais frequente, trouxe a
bengala que o acompanhava nas caminhadas que ele insistia em fazer.
O Domingo era importante para Udo, descendente de alemães nascidos
em Baumschneiz, no interior de um município na serra gaúcha. Assim ele ainda se
referia a Dois Irmãos, sede daquela municipalidade.
Jovem ainda mudou-se para cidade próxima, Novo Hamburgo, onde trabalhou como sapateiro até se aposentar.
Sentado no banco da praça, rodeado por árvores e pombos, Udo, apoiado na bengala, 85 anos, impecavelmente vestido, cabelos alinhados e olhar perdido aproveitava o descanso para chafurdar a própria memória, resgatando os tempos de família reunida, festas, filhos, a fábrica, o trem, as alegrias e as tristezas.
Hoje só!
Viúvo há tempo, os filhos distantes e todos tratando de juntar dinheiro; Udo os orientara a viver para trabalhar, ganhar dinheiro e guardar, pois a vida era guerra e só os poderosos sobreviveriam.
O velho curvado não se deixaria abater por aquelas lembranças. Havia se preparado para aqueles dias de fim de vida. Mas hoje se sentia diferente, saudoso de quase todos.
Ah, a dor!
Jovem ainda mudou-se para cidade próxima, Novo Hamburgo, onde trabalhou como sapateiro até se aposentar.
Sentado no banco da praça, rodeado por árvores e pombos, Udo, apoiado na bengala, 85 anos, impecavelmente vestido, cabelos alinhados e olhar perdido aproveitava o descanso para chafurdar a própria memória, resgatando os tempos de família reunida, festas, filhos, a fábrica, o trem, as alegrias e as tristezas.
Hoje só!
Viúvo há tempo, os filhos distantes e todos tratando de juntar dinheiro; Udo os orientara a viver para trabalhar, ganhar dinheiro e guardar, pois a vida era guerra e só os poderosos sobreviveriam.
O velho curvado não se deixaria abater por aquelas lembranças. Havia se preparado para aqueles dias de fim de vida. Mas hoje se sentia diferente, saudoso de quase todos.
Ah, a dor!
Ela passaria e depois voltaria com as lembranças.
Realmente, solidão, lembranças e nostalgia (e, por que não, dor) fazem parte da vida, independente da idade!
ResponderExcluirAbraços!
Olá, Jeferson, parceiro de escritas.
ResponderExcluirGracias pela visita e um abraço.
A pior dor deve-se ao fato de ele estar sozinho por conta de um conselho seu : juntar dinheiro!
ResponderExcluiròtimos textos,
Abraço!
Olá, Matheus.
ResponderExcluirJuntar e juntar!!!
Obrigado pela visita e um abraço.