terça-feira, setembro 22, 2009

DAS LEMBRANÇAS

A fumaça das folhas e galhos queimando bem ali na frente, no jardim da casa, levou-a ao devaneio.
Sempre assim: a fumaça e logo o olhar na direção do lusco-fusco procurando ver o campanário da igreja, que da varanda ela tentava entre as copas das casuarinas embaladas pelo vento.
Se primavera, a quimera se apresentaria mais intensa; se final de tarde, a fumaça se misturaria com lembranças e pitadas de nostalgia e logo, viriam as lágrimas... Boas lágrimas!
Até que escurecia.
Permaneceria ali, pensativa, até que fosse buscada, um pouco antes da hora do jantar.
Sempre assim!
O toque delicado da irmã, no ombro dela, junto com a troca carinhosa de olhares, era o sinal que dava fim à melancolia. Logo o sacolejar da cadeira de rodas, seu esteio desde oito anos atrás, lembraria, hoje sem mágoas, que era dependente. Nem tanto assim, sentenciava!
Sem desgostos ela seguia conduzida até a sala de jantar.
Das lembranças, só as mais belas ficaram; as más a fumaça já levara, há muito, com o vento.

4 comentários:

  1. Que Lindoooo George... Me emocionei *-*
    Obrigada pelo carinho, vcs são muito especiais pra gnt (:
    Bjussss Marido de Carmen, da Irmã da Chris

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  2. Oi, Lidi

    Vocês é que são muito especiais para nós.

    Um beijo.

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  3. George...

    LINDOO..ameiiii mesmo..

    Vcs são realmente muito especiais pra nós..
    Obrigada pelo carinho "marido de Carmem"
    Bjos pra vcs

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  4. Oi, Criss.
    Obrigado pelo carinho.
    Beijos.

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