terça-feira, outubro 07, 2008

NOVO HAMBURGO - PORTO ALEGRE - NOVO HAMBURGO - BR116


Quem se aventurar por esta superada via deverá estar preparado como se fosse subir num ringue de vale-tudo.
Por questões de trabalho tenho que me submeter às regras impostas por motoristas raivosos, vingativos, atrasados e que usam o celular enquanto pilotam veículos de passeio, caminhões, ônibus, kombis e até motocicletas, como eu mesmo já presenciei.
A inexistência de sinalização adequada só perde em quantidade - e qualidade - para a falta de fiscalização, totalmente inexistente, por parte do polícia rodoviária federal.

Placas orientando motoristas de caminhões para que circulem na pista da direita foram recentemente instaladas ao longo do trecho, mas parece que os caminhoneiros não aprovaram, porque permanecem circulando pela esquerda demonstrando falta de educação. Eles não cumprem as leis básicas de trânsito e desafiam autoridades que preferem enfiar a cabeça no buraco e deixar por isso mesmo.

Que a rodovia está superada, não há dúvida.
Porém, ações inteligentes no sentido de organizar o trânsito – eu disse: inteligentes – estão longe de acontecer. Afinal, pensar, para alguns técnicos – deve doer!

A BR116 é um caso de pesquisa científica.
Ali transitamos nós, brasileiros, que não gostamos de leis, porque temos que cumpri-las; de impostos, porque temos que pagá-los e não nos dão retorno social, político e individual.
De polícia, porque não é eficiente; de caminhões em excesso transitando em alta velocidade quando produtos e serviços deveriam ser distribuídos e prestados de formas mais adequadas e diligentes.
Nós, brasileiros, aceitamos regras impostas pela impunidade, tanto que elegemos políticos corruptos que olham para o próprio umbigo e, quando têm alguma qualidade, são engolidos pelos interesses maiores – eu disse maiores? – da confraria político-partidária.

Pelo menos hoje eu consegui voltar para casa somente com o prejuízo moral, pois contrariando as regras eu tentei – que me desculpem os motoristas das carretas – manter a velocidade máxima de 80 km.
Coitadinha da minha mãe!
Pois é! Agora me dou conta!
Lembrei-me de uma notícia na internet sobre um engenheiro português que, para se defender da multa que levaria ao ser parado numa rodovia por excesso de velocidade, argumentou com o policial dizendo que a placa não informava se era por hora, metro, segundo, ou por dia!
E nós nos achando espertos dentro de nossos carrinhos!

4 comentários:

  1. He, he! Boa essa do Portuga. É realmente uma aventura e exposição da pobre mamãezinha à xingações humilhantes. Abração. Jerônimo Jardim.

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  2. "A" sem crase, POR FAVOR. HE, HE! Ia escrever palavra feminina e singular... Perdão pelo resvalo em teu bem escrito blogue. Jerônimo Jardim.

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  3. George, vc é muito bondoso, afinal "elogia" demasiadamente a BR 116 - a rodovia "perfeita" que "facilita" o deslocamento de NH a Porto Alegre, nalguns horários, permitindo percorrer o trecho em quase 1h30, ou acima, quando os 40 km poderiam ser feitos em pouco mais de meia hora...

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