domingo, janeiro 06, 2008

AS ARTES E A IGREJA


Lendo sobre a produção artística da humanidade observei que a Igreja já foi a maior patrocinadora dos movimentos artísticos.
Embora ditando as regras e limitando a criatividade de pintores, arquitetos, músicos e interferindo na literatura, vemos que sem o incentivo da Igreja o homem não teria contado toda a história que acumulamos.
A própria Bíblia é considerada uma das maiores obras literárias já produzidas, independente de alguém duvidar da veracidade ou venerabilidade do conteúdo dos livros.
Em determinados períodos da história da humanidade pouco se produziu em termos de arte, justamente porque o homem estava envolvido em guerras, na busca de domínio territorial. Não havia tempo para as artes.
Mais adiante o artista se liberou encontrando seu próprio caminho fazendo arte utilizando o intelecto como agente principal assim como acontece na arte contemporânea.
Desenvolveu técnicas e aprimorou-se até chegar a fazer arte virtual sendo esta, talvez, a forma mais moderna de expressão artística.
A música passou a ser eletrônica; a pintura pode ser feita numa mesa digitalizadora; os livros cabem num disco digital e a arquitetura é “ajeitada” pelos programas de computador.
Pois a Igreja permanece seguindo regras rígidas com o mesmo “desenho” medieval. Nem por isso ela perdeu a capacidade de mobilizar uma multidão de fieis como pudemos observar quando o Papa apareceu durante as festividades de final de ano.
As influências ficam evidentes nas pinturas, nas esculturas, na arquitetura, nas praças públicas, na confecção de instrumentos musicais e nos cantos corais.
Assim, o papel da Igreja acabou, como patrocinadora das artes, contando ou fazendo um lado da história da humanidade através dos ícones que permanecem e permanecerão sendo utilizados por muito tempo.
Obra: "Creation of Adam" - 1.510 - Capela Sistina - Cidade do Vaticano - Michelangelo.


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