sábado, dezembro 01, 2012
segunda-feira, agosto 20, 2012
domingo, agosto 19, 2012
segunda-feira, agosto 13, 2012
AGOSTO/2012
http://www.fundacaoecarta.org.br/musica/musical.asp
18/08 | 18h
Retratos do Tempo, com a banda Jazzueira
O show é o álbum da memória musical da trajetória dos músicos da Jazzueira. São fragmentos de influências musicais dos componentes da banda, estampadas nas letras, harmonias e improvisos jazzísticos sobre a raiz do blues, comum a todos os integrantes da banda. Na estrada desde 2009, a banda Jazzueira apresenta repertório completamente autoral com composições em português. Fluindo no palco com espontaneidade lançam os elementos do improviso com saxofone e flauta transversal em sonoridade muito particular. Com uma apresentação contagiante, estes senhores músicos divertem a platéia celebrando a alegria de estar na estrada reforçando que nunca é tarde para sonhar e manifestar arte. Formada pelos músicos Uncle George (voz e guitarra), Nico Sebolt (flauta transversal e saxofone), Maurinho (contrabaixo) e Foguinho (bateria), a banda apresenta canções que contam histórias de amores, amizades, tristezas, parcerias boêmias e aventuras.
GEORGE ARRIENTI (Uncle George) - Compositor, vocalista e guitarrista. Como vocalista da Jazzueira destaca-se pelo timbre marcante e expressivo nas suas interpretações performáticas. Iniciou sua trajetória musical nos festivais estudantis da década de 70 que aconteciam no auditório Araujo Viana em Porto Alegre. É o compositor das canções da banda observando a importância de usar a língua portuguesa sobre a trilha do blues e jazz. Integrou a banda de blues BBlues.
MAURO SARMENTO – Iniciou-se na música em 1978 estudando flauta doce e violão popular. Em 1983 integrou a banda gospel Videira como contrabaixista. Nos anos 90 integrou o grupo folclórico Caburé executando repertório latino-americano e gaúcho. Atuou como arranjador e instrumentista no primeiro disco da banda Os The Dharma Lovers em 2005. Atuou como arranjador e instrumentista na banda BBlues. Desde 2009 entregou-se ao blues e o jazz da banda Jazzueira.
NICO SEBOLT – Co-fundador da banda instrumental Tocaia em parceria com Geraldo Fisher, Luis Ortiz e Claudio Nilsom. Integrou e gravou com grupos, como Unamerica e Café Nice. Acompanhou Adriana Marques, Arthur de Faria, Talo Pereira e Silvana Cruz. Integrou a banda Fussura Jazz Band nos anos 90. Atua como instrumentista, compositor e professor de flauta e sax na região metropolitana.Sua principal característica como músico da Jazzueira é a improvisação.
RENATO RANZOLIN – Carioca naturalizado gaúcho, iniciou sua carreira profissional em 1960, como baterista, compositor e arranjador do conjunto Claudio e os Gold Fingers. Tocou em grandes bandas de baile como, Apache, Musical Porto Alegre, Os Diamantes, Musical Pepe Show. Acompanhou Elis Regina no projeto Trem Azul, bem como turnês de Cauby Peixoto, Martinho da Vila, Arthur de Farias, Mariza Rotemberg, Adriana Marques e Simone Rasslan. Atualmente dedica-se ao trabalho de blues e jazz da banda Jazzueira.
18/08 | 18h
Retratos do Tempo, com a banda Jazzueira

GEORGE ARRIENTI (Uncle George) - Compositor, vocalista e guitarrista. Como vocalista da Jazzueira destaca-se pelo timbre marcante e expressivo nas suas interpretações performáticas. Iniciou sua trajetória musical nos festivais estudantis da década de 70 que aconteciam no auditório Araujo Viana em Porto Alegre. É o compositor das canções da banda observando a importância de usar a língua portuguesa sobre a trilha do blues e jazz. Integrou a banda de blues BBlues.
MAURO SARMENTO – Iniciou-se na música em 1978 estudando flauta doce e violão popular. Em 1983 integrou a banda gospel Videira como contrabaixista. Nos anos 90 integrou o grupo folclórico Caburé executando repertório latino-americano e gaúcho. Atuou como arranjador e instrumentista no primeiro disco da banda Os The Dharma Lovers em 2005. Atuou como arranjador e instrumentista na banda BBlues. Desde 2009 entregou-se ao blues e o jazz da banda Jazzueira.
NICO SEBOLT – Co-fundador da banda instrumental Tocaia em parceria com Geraldo Fisher, Luis Ortiz e Claudio Nilsom. Integrou e gravou com grupos, como Unamerica e Café Nice. Acompanhou Adriana Marques, Arthur de Faria, Talo Pereira e Silvana Cruz. Integrou a banda Fussura Jazz Band nos anos 90. Atua como instrumentista, compositor e professor de flauta e sax na região metropolitana.Sua principal característica como músico da Jazzueira é a improvisação.
RENATO RANZOLIN – Carioca naturalizado gaúcho, iniciou sua carreira profissional em 1960, como baterista, compositor e arranjador do conjunto Claudio e os Gold Fingers. Tocou em grandes bandas de baile como, Apache, Musical Porto Alegre, Os Diamantes, Musical Pepe Show. Acompanhou Elis Regina no projeto Trem Azul, bem como turnês de Cauby Peixoto, Martinho da Vila, Arthur de Farias, Mariza Rotemberg, Adriana Marques e Simone Rasslan. Atualmente dedica-se ao trabalho de blues e jazz da banda Jazzueira.
sábado, agosto 11, 2012
LISCA - o
domador
Julho ou agosto. Fazia muito frio ao
pé da Serra do Caverá. O vento pampeano não encontrava poeira alguma para
levantar. A terra úmida deixava a estrada
levemente embarrada e escorregadia. Do mata-burro até a sede da Estância Santa Leonida, Lisca levava, a
pezito, um pouco mais de um quarto-de-hora. Bota de cano alto, poncho surrado,
uma boina de lã e a velha mala de garupa, que agora descansava sobre seu ombro
direito. O lado esquerdo do negro Lisca era mais arriado que o outro. A mala
escorregava e caía..
De tantas quedas sofridas, o negro
já havia quebrado quase todos os ossos do corpo. Mas, ainda assim era forte
como o redomão que, quando avistava o peão domador ponteando na coxilha,
resmungava entre corcoveios e relinchos.
Atado no palanque e levando uma sova
atrás da outra, entre gritos de “te-acalma-redomão”, Lisca suava para dominar o
animal. O crioulo então, desatou as rédeas do palanque, encilhou o maltratado
cavalo, montou-o e riscaram em direção à taipa, que era rodeada por
corticeiras. E foi numa delas que o corcel deu de cabeça, furioso que estava
pelas surras que tinha levado do negro. Logo sangrou pelo corte provocado em
consequência do esbarro cometido. O tronco arrancou-lhe um pedaço do couro
rosilho.
Próximo dali, embaixo de uma
figueira centenária, Lisca derrubou o seu amigo ferido, algemou-lhe as patas
com tiras de couro e iniciou a cirurgia. Costurou a testa do animal depois de
passar um “splay” - como Lisca falava - para amenizar a dor do bicho. Com o
joelho no pescoço do cavalo, examinou o
tordilho. Lisca, então, o batizou: -
Ele vai se chamar Remendo, o Redomão.
Anoiteceu. Depois de tomar uns
mates com os companheiros de lida e lasquear a paleta de ovelha aquecida no
fogo de chão, Lisca pediu licença e saiu do recanto onde proseavam seus amigos.
Pegou uns pelegos, o poncho, a mala de
garupa e foi para baixo da figueira. A cachorrada saiu atrás. Recostou-se no
tronco, fez um palheiro e descansou sua adaga bem ao lado para um causo de
emergência. Acendeu o cigarro, puxou uma daquelas longas tragadas, olhou para o
nada e soltou devagar a fumaça.
O frio e o vento não lhe
incomodavam. Sentiu-se até muito bem. O frio,
acalmava-o; o vento trazia o
cheiro da terra e do campo. Quanto mais forte o vento soprava, mais claro ele
ouvia o barulho dos quero-queros e siriemas cuidando da noite.
O som de uma oito-baixos vinha do
galpão, misturado às risadas da peonada ouriçada pelos tragos que bebiam. A
guampa rolava de mão em mão, quase discreta.
Lisca se perdeu em pensamentos no
meio da fumaça de seu palheiro. Não era dado a longas conversas, a não ser
consigo mesmo. Hoje o negro completava 52 anos de vida e 30 de doma.
Durante muito tempo Lisca levou uma
vida nômade, “gáucha” de verdade! De estância em estância na época da esquila,
e de invernada em invernada, domando cavalos e éguas pelas terras dos doutores
patrões. Era seu aniversário e nada de churrascada, nada de guampas encharcadas
de canha, nada de mulheres.
Na sua lembrança surgia a imagem de
sua mãe. De certo que “Dona Lilica” estaria preparando a janta na sede da
Estância do Paço, bem longe dali. De seu pai veio-lhe a figura de um negro com
braços tão fortes que seria capaz de derrubar um sobreano com um único tapa.
Mal e mal conviveu com seu pai. O
“Negro Valdo”, como era chamado, morreu depois de ser picado por uma cruzeira
quando percorria o campo, numa noite quente de verão, atrás de ladrões de gado.
Seu pai não resistiu e morreu quando Lisca tinha 10 anos. Aos 12 saiu para a
lida e, de verão em verão, visitava Dona Lilica.
Uma dor forte na perna esquerda fez o
negro Lisca interromper seus pensamentos. A dor era sua velha conhecida. Foi de
um tombo que o fez “cair no chão”. O osso grande da perna se quebrou em duas
partes. A ponta de um deles rasgou o couro e ficou pra fora. O sangue jorrava
pra todo lado.
Na época da quebradeira Lisca domava
cavalos em uma estância que ficava do lado de lá da fronteira. O campo dos
uruguaios ficava longe de tudo. Não havia recurso. O único disponível, na hora
da fratura vinha de uma parteira que entalou a perna do negro Lisca com pedaços
de lenha usadas para aquecer as estufas e salamandras.
Lisca se
curou. “Ficou mal juntado”, explicava o negro.
Aos 52, Lisca fazia um balanço de sua vida. Sabia que
era um dos melhores domadores da fronteira. Havia domado “uns quantos” cavalos
e éguas. Nunca fizera as contas e, quando um ou outro gaúcho lhe perguntava
quanto tinha juntado de dinheiro, Lisca desconversava e bebia mais um gole. Mas
quando lhe faziam um elogio, o negro ficava mais feliz que cusco em churrascada
domingueira. Aí, contava daquela doma e do outro tombo e da égua que lhe quebrou
a perna, e mostrava a cicatriz e o calombo que aparecia na canela.
Nessa noite no entanto, Lisca estava
meio malito. Sentiu-se triste, confuso, sem explicação. Foi até o galpão, deu
de mão na primeira guampa de canha que avistou e voltou para sua figueira. Um
ovelheiro havia deitado sobre seus pelegos. No primeiro momento, Lisca teve
vontade de correr o laço no guaipeca, só que hoje, Lisca estava diferente.
Sentou-se ao lado do Peludo, passou a mão pela cabeça do cusco e concluiu que
ali estava um companheiro fiel.
A oito-baixos tocava uma valsa
triste. Lisca chorou.
As
lembranças de seu pai e de sua mãe, os seus 30 anos de lida, “as quantas
domadas”, as mulheres que teve e as que não teve, o dinheiro que não ganhou, a
gaita soando ao fundo, os quero-queros e o vento fizeram Lisca sentir um pouco
de frio.
Na verdade ele não sabia o que estava
lhe acontecendo; pelo que se lembrasse, nunca havia ficado tão triste como
agora... Ficou pesaroso quando morreu o “Doutor João”, seu patrãozito da
Estância do Paraíso. Outra vez ficou magoado quando mataram algumas cabeças do
plantel de primeira dos correntinos.... mas, desse jeito de agora, Lisca nunca
tinha ficado.
No seu balanço, Lisca concluiu que, de
tudo que teve, lhe sobrara solamente um cavalo, o Remendo, os pelegos e trapos,
uma adaga, um ovelheiro e.....nada mais! Acabou emborcando a guampa e tomou a
canha até o fim. Sentiu-se menos triste.
A oito-baixos se aquietou. Ele,
virou-se, olhou na direção do galpão e viu apenas a luz do lampião na porta de
entrada. O cheiro da lenha queimando vinda da lareira da casa
grande, fez Lisca respirar fundo e
fechar os olhos. Sentiu menos frio.
Adormeceu encostado no Peludo.
sábado, março 24, 2012
POR TRÁS DA FUMAÇA
Por
trás de toda a fumaça vinda da fogueira acesa pela televisão oportunista e
sensacionalista “desse país”, está o interesse em empurrar para baixo do tapete
vermelho a falta de capacidade, incompetência e desinteresse dos gestores da
saúde pública - e até da privada do Brasil da Copa de Primeiro Mundo.
Denunciando
empresários que corrompem os corrompidos funcionários da saúde pública
corrompida, o foco da inoperância foi jogado na direção que interessa no
momento, ou seja, nos induzir ao esquecimento dos gestores incapazes e não nos
deixar cobrar por resultados.
Agora, a culpa é dos empresários e dos funcionários da terceira linha na hierarquia politiqueira e nojenta. A próxima notícia dirá que dinheiro tem, mas eles (os empresários) roubam e sobra quase nada.
Até então ou até a notícia plantada e espalhada pela televisão em rede nacional, “ninguém sabia de nada”.
A denúncia é bem-vinda. Espantará alguns ratos asquerosos, mas por um tempo curto como curta é a memória do povo.
Agora, a culpa é dos empresários e dos funcionários da terceira linha na hierarquia politiqueira e nojenta. A próxima notícia dirá que dinheiro tem, mas eles (os empresários) roubam e sobra quase nada.
Até então ou até a notícia plantada e espalhada pela televisão em rede nacional, “ninguém sabia de nada”.
A denúncia é bem-vinda. Espantará alguns ratos asquerosos, mas por um tempo curto como curta é a memória do povo.
Eles
retornarão, porque quase nada acontecerá.
Eles virão como na metamorfose de Kafka,
transformados em baratas repugnantes a rastejar pelos gabinetes fétidos.
sábado, março 17, 2012
"SE NA NOITE"
SE NA NOITE EU ME PERCEBO
TENHO QUE ESQUECER OS DIAS
ONDE SOU UM PERSONAGEM
NUM PALCO DE FANTASIA
FRASES FEITAS, CARETICES
REGRAS QUE NÃO VOU SEGUIR
NÃO É ESSA MINHA ESTRADA
SÓ SE FOR PARA FUGIR
VOU TOCAR O MEU CAMINHO
NÃO SUPORTO MAIS FINGIR
UM PALCO, UM BLUES, VERDADES DA ALMA
AS LUZES DA NOITE EU VOU SEGUIR
sábado, janeiro 14, 2012
AS RELAÇÕES VIRTUAIS
Faço parte do grupo de indivíduos que
ainda não aderiu ao 3G porque não
acreditamos na qualidade do sinal.
Aqui em Xangri-lá vamos até o shopping ligar nossos notes, nets, ipads, ipods, iphones, tablets e a parafernália digital-eletrônica que a todo o momento surge no mercado.
Plugados, conversaremos com o mundo e ficaremos sabendo de tudo o que está acontecendo com os amigos dos amigos que são amigos daquele amigo que é amigo de amigos comuns.
Enfim, o caminho para as relações é instantâneo, frio, cibernético.
Não há possibilidade para um abraço, um beijo ou um toque de mãos, ou melhor, tudo isso acontece sim, mas de forma virtual, através de palavras abreviadas e símbolos que temos que assimilar.É um código novo, uma escrita grunge cheia de novidades, mas para mim, sem emoção.
Acho que os visionários das máquinas, hardwares e softwares não tinham noção do poder de mudança de comportamento que suas invenções provocariam nas pessoas e nas relações humanas.
Talvez, uma pesquisa mais aprofundada pudesse provar a tese que venho formulando, pois desconfio que os nerds fossem pessoas solitárias e distantes das emoções mais singelas, ou seja, aquelas que fazem parte do pacote que cada um de nós carrega desde o nascimento.
Acho que eles não sentiam (e não sentem) amor e nem ódio e não tinham (e não têm) medo da morte.
Para exemplificar, eu vi numa das tardes em que fui ao shopping aqui na praia, uma típica família que demonstrou claramente o nível das relações entre indivíduos na atualidade.
O pai e a mãe, com não mais de 35 anos e a filha com 7 ou 8 anos, sentaram-se para aquilo que poderia ser uma agradável oportunidade para conversas e troca de experiências.
Mas, o pai e a filha estavam concentrados nos seus respectivos celulares; teclavam sem parar e, por vezes sorriam, porém para o próprio aparelho; a mãe tinha um note aberto e, da mesma forma, teclava e balançava a cabeça parecendo estar se divertindo.
Durante 15 ou 20 minutos em que eu pude observar, nenhum deles levantou os olhos ou disse alguma palavra para o outro.
Para mim, uma cena hilária, pois aquilo era para ser uma família, pelo menos dentro dos meus conceitos, talvez ultrapassados para alguns.
Desconfiado e procurando um consolo, pensei que eles poderiam estar, naquele momento, conversando entre si através de suas máquinas digitais, como se fosse um jogo ou um ritual entre membros de uma mesma família.
Pensei, simplesmente pensei...
Aqui em Xangri-lá vamos até o shopping ligar nossos notes, nets, ipads, ipods, iphones, tablets e a parafernália digital-eletrônica que a todo o momento surge no mercado.
Plugados, conversaremos com o mundo e ficaremos sabendo de tudo o que está acontecendo com os amigos dos amigos que são amigos daquele amigo que é amigo de amigos comuns.
Enfim, o caminho para as relações é instantâneo, frio, cibernético.
Não há possibilidade para um abraço, um beijo ou um toque de mãos, ou melhor, tudo isso acontece sim, mas de forma virtual, através de palavras abreviadas e símbolos que temos que assimilar.É um código novo, uma escrita grunge cheia de novidades, mas para mim, sem emoção.
Acho que os visionários das máquinas, hardwares e softwares não tinham noção do poder de mudança de comportamento que suas invenções provocariam nas pessoas e nas relações humanas.
Talvez, uma pesquisa mais aprofundada pudesse provar a tese que venho formulando, pois desconfio que os nerds fossem pessoas solitárias e distantes das emoções mais singelas, ou seja, aquelas que fazem parte do pacote que cada um de nós carrega desde o nascimento.
Acho que eles não sentiam (e não sentem) amor e nem ódio e não tinham (e não têm) medo da morte.
Para exemplificar, eu vi numa das tardes em que fui ao shopping aqui na praia, uma típica família que demonstrou claramente o nível das relações entre indivíduos na atualidade.
O pai e a mãe, com não mais de 35 anos e a filha com 7 ou 8 anos, sentaram-se para aquilo que poderia ser uma agradável oportunidade para conversas e troca de experiências.
Mas, o pai e a filha estavam concentrados nos seus respectivos celulares; teclavam sem parar e, por vezes sorriam, porém para o próprio aparelho; a mãe tinha um note aberto e, da mesma forma, teclava e balançava a cabeça parecendo estar se divertindo.
Durante 15 ou 20 minutos em que eu pude observar, nenhum deles levantou os olhos ou disse alguma palavra para o outro.
Para mim, uma cena hilária, pois aquilo era para ser uma família, pelo menos dentro dos meus conceitos, talvez ultrapassados para alguns.
Desconfiado e procurando um consolo, pensei que eles poderiam estar, naquele momento, conversando entre si através de suas máquinas digitais, como se fosse um jogo ou um ritual entre membros de uma mesma família.
Pensei, simplesmente pensei...
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